segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Poesias...

Doce e divina comédia,

Estamos enclausurados

Em casulos invisíveis e imutáveis.

Doces lembranças,

De um passado irreal,

Loucuras de um mundo

Sem senso e sem pudor,

Onde um ator interpreta nós mesmos.

Dias sem sombras

Noites do caos.

Quinhentos anos se passam,

E tudo permanece igual.

Folias imagináveis de um mundo perfeito,

Palhaços sem rostos

Nos fazendo rir de nossos semelhantes.

Doce e divina comédia,

Somos animais da rotina,

Do que acreditamos sermos,

Somos anjos verdadeiros,

Da maldade e do amor,

Somos apenas isso,

Pois nada no mundo

É tão irreal,

Como nós mesmos.

                            Rafael Pinheiro

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