Doce e divina comédia,
Estamos enclausurados
Em casulos invisíveis e imutáveis.
Doces lembranças,
De um passado irreal,
Loucuras de um mundo
Sem senso e sem pudor,
Onde um ator interpreta nós mesmos.
Dias sem sombras
Noites do caos.
Quinhentos anos se passam,
E tudo permanece igual.
Folias imagináveis de um mundo perfeito,
Palhaços sem rostos
Nos fazendo rir de nossos semelhantes.
Doce e divina comédia,
Somos animais da rotina,
Do que acreditamos sermos,
Somos anjos verdadeiros,
Da maldade e do amor,
Somos apenas isso,
Pois nada no mundo
É tão irreal,
Como nós mesmos.
Rafael Pinheiro
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